quinta-feira, 20 de março de 2014

Beniamino Gigli

Tenor italiano de fama internacional, dotado de uma voz de grande e rara extensão, Beniamino Gigli, depois de Enrico Caruso, foi o cantor mais famoso do seu tempo. Nasceu no dia 20 de Março de 1890 em Recanati, Macerata.

O pai de Beniamino era sapateiro. Enquanto criança Beniamino cantava no coro das igrejas da cidade natal. A sua bela voz de soprano fez com que seus pais, encorajados por amigos, o enviassem para Roma para estudar canto com o professor Enrico Rosati. Para subsistir e pagar as lições, Beniamino fez um pouco de tudo: ajudante de carpinteiro, balconista de farmácia, aprendiz de alfaiate...

Passados sete anos, ganhou o primeiro prémio do concurso de canto de Parma. Estreou-se em Rovigo, com a personagem Enzo, de La Gioconda, de Ponchielli, em 1914. Após outros sucessos menores, Beniamino foi contratado por Tullio Serafin para a temporada de 1914-1915 do teatro Carlo Felice, de Génova, onde interpretou com sucesso a Tosca, Manon Lescaut e La Gioconda.  Em Novembro de 1918 cantou no La Scala de Milão, na ópera Mefistofele de Arrigo Boito, sob a direcção de Arturo Toscanini, o que lhe conferiu uma notoriedade nacional.

A 26 de Novembro de 1920 Beniamino Gigli estreou-se na Metropolitan Opera de Nova Iorque, novamente com a obra Mefistofele. Seguiram-se  Andrea Chérnier de Umberto Giordano, que cantou por onze temporadas consecutivas, La Bohème, de Puccini, L'elisir D'amore, de Gaetano Donizetti e outros sucessos. Foi o principal tenor da Metropolitan Opera durante doze anos, sucedendo ao mito italiano, Enrico Caruso. Foi também um dos mais famosos cantores de música napolitana, grande intérprete de músicas de Ernesto de Curtis.

Beniamino Gigli participou como actor em várias obras cinematográficas, tendo contracenado com Alida Valli, Isa Miranda e Maria Cebotari entre outras intérpretes famosas. Faleceu por broncopneumonia, em Roma, a 30 de Novembro de 1957.

Sem comentários: