quinta-feira, 24 de maio de 2012

A US screening Task Force regeita o rastreio do cancro da próstata através do PSA

Com base em cinco ensaios clínicos, um grupo de especialistas concluiu que a análise sanguínea que mede o antigénio específico da próstata (PSA), exame que tem sido recomendado para todos os homens com mais de 50 anos, para detectar cancro daquele órgão, pode gerar mais danos que benefícios.

O estudo, publicado pela revista Annals of Internal Medicine, considera dois tipos de efeitos negativos, o sobrediagnóstico e o sobretratamento.

O grupo de trabalho calcula que 12-13% dos homens que efectuam a análise têm resultados falsos positivos, e muitos outros são encaminhados para biopsia sem que se venham a detectar tumores.

Relativamente às formas de tratamento, o mesmo estudo considera que nem sempre o recurso à prostatectomia, radioterapia ou terapêutica de supressão androgénica se justifica ou se traduz em menor taxa de mortalidade. Os cancros da próstata podem estar anos sem progredir ou dar problemas, enquanto que tais terapias, em contrapartida, originam frequentemente casos de disfunção eréctil, disfunção intestinal e incontinência urinária.

Em consequência, a U.S. Preventive Services Task Force alterou a sua recomendação, datada de 2008, que preconizava o rastreio médico através da determinação do PSA, admitindo agora que tal procedimento deva ser disponibilizado apenas para os pacientes que o peçam.

A decisão está, no entanto, a ser muito criticada, sobretudo por parte dos médicos urologistas, que continuam a considerar que a avaliação do PSA a forma mais eficaz de detectar o cancro da próstata na sua fase inicial e ainda curável.

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